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JESSICA CHASTAIN: UMA EXPLOSÃO DE TALENTO E BELEZA

 










 

Quando Al Pacino disse que Jessica Chastain (Califórnia, 1977) era a próxima Meryl Streep, já a tinha escolhido para contracenar consigo na peça Salomé (em 2006) e cedo viu algo que o público e a crítica só veriam mais tarde. Segundo a atriz, a avó levou-a ao teatro pela primeira vez quando tinha sete anos e conta que, desde que percebeu que representar era uma profissão, decidiu que era esse o seu destino. Entrou na prestigiada The Juilliard, a escola de música, dança e representação em Nova Iorque, com uma bolsa Robin Williams e foi pelos palcos que começou a sua carreira. Nomeada duas vezes para os Óscares e cinco vezes para os Globos de Ouro (nestes ganhou o prémio pela interpretação em A Hora Mais Negra, em 2013), foi com As Serviçais, em 2011, que a atriz começou a entrar no exclusivo leque de divas de Hollywood. O facto de já ter integrado dois números especiais da revista Vanity Fair americana ou de ter sido capa da Vogue americana em dezembro de 2013 são carimbos que juntam a aprovação da crítica de cinema e da cultura popular com a mesma graciosidade com que Jessica junta talento e beleza. A Vogue chamou-lhe "a estrela mais versátil de Hollywood" e está provado que as câmaras de filmar a adoram tanto quanto as fotográficas. A atriz é muito discreta em relação à sua vida privada, mas sabe-se que é vegan, gosta de se levantar cedo para fazer compras no mercado e casou em 2017 com o empresário italiano Gian Luca Preposulo, após cinco anos de vida em comum, tendo ambos sido pais de uma menina, Giulietta, em abril do ano passado.

O leque de personagens que Jessica Chastain já interpretou no cinema é tão eclético como o conjunto de realizadores com quem já trabalhou, como Kathryn Bigelow, Christopher Nolan, Terrence Malick ou Ridley Scott e agora foi Simon Kinberg que a fez aceitar um novo desafio, que é também uma novidade na carreira da atriz, X-Men: Fénix Negra. Em entrevista sobre este filme, Jessica Chastain conta que tinha visto os filmes todos da saga e o que a levou a participar no seu primeiro filme integral de super-heróis foi a conexão com Simon: "Tínhamos trabalhado juntos n’O Marciano. Eu estava interessada na história. Eu acho que deve ser apenas o segundo filme de super-heróis em que a antagonista e a protagonista são ambas mulheres, o que é muito interessante. Eu achei fascinante. Adoro a história de Fénix Negra e há cenas ótimas entre a [personagem] Jean desempenhada Sophie [Turner, a atriz de A Guerra dos Tronos] e a minha personagem." O elenco, que tem crescido ao longo dos outros três filmes desta saga, conta com James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence e Sophie Turner, entre outros atores. Jessica Chastain é a nova aquisição para interpretar uma personagem que, como a própria explica, é o culminar de várias personagens do universo X-Men, sem precedentes na BD.

Neste novo capitulo da saga X-Men a personagem Jean Grey (interpretada por Sophie Turner) desenvolve poderes incríveis que a transformam numa Fénix Negra. Como explica Chastain, o resto da equipa sente-se ameaçada por um poder superior ao de qualquer um deles, o que leva a "menina bem comportada" a ter vergonha desta nova escuridão que há nela. "Eu interpreto uma extraterrestre que vem à Terra porque está fascinada com o poder que a Jean Grey tem. A minha personagem conecta-se com ela para inspirá-la a abraçar esse novo poder e não se sentir envergonhada por ele. Por outro lado, tenho os meus planos desonestos para usar esse poder para mim própria. O filme é sobre a liberdade de ser quem se é, acerca do sentido da nossa felicidade e tristeza, e sobre a luz e a escuridão. Não existem um sem o outro. Eu penso que suprimir um lado de quem somos leva a mais estragos. Devemos exprimir-nos, falar sobre as coisas, comunicar com a nossa família. Quando encobrimos e ignoramos aquilo que pensamos que nos torna feios criamos mais caos."

Há dois anos Jessica Chastain procurou inspiração nas irmãs Kardashian  para a sua personagem no Jogo de Alta Roda. Para a personagem sem nome, vinda de outro planeta, a atriz conta que se inspirou na colega Tilda Swinton, porque ambas têm uma coloração de pestanas e sobrancelhas muito clara que cria, naturalmente, um efeito etéreo. Sugeriu ao realizador usar uma peruca muito clara, de forma a acentuar esse efeito. E acrescenta que optou pela ausência de maquilhagem porque queria "criar a sensação de que se podia cair para dentro dos olhos da sua personagem" (e a não coloração das pestanas diluía essa fronteira do olhar). O resultado é por isso algo teatral. Curiosamente, foi nessa entrega a uma personagem totalmente nova e inesperada que Chastain cumpriu uma espécie de regresso às suas origens: "É como fazer uma peça de teatro, em que posso usar todo o meu corpo em palco e não apenas a minha cabeça, algo que acontece muito em cinema." Não fosse ela uma mulher de corpo inteiro.

Red Ambition
Talvez a ruiva mais bela do cinema atual, Jessica Chastain estreou-se num pequeno papel no primeiro da série ER, em 2004. Entrou no cinema como atriz principal em Jolene, em 2008. Mas foi três anos depois em A Árvore da Vida, de Terrence Malick, e em As Serviçais, de Tate Taylor, que Ms. Chastain desabrochou como atriz. Tem mais dois filmes em processo de pós-produção.
 (por Carolina Carvalho para a Revista MÁXIMA, Lisboa)






















































































































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