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ANGIE DICKINSON: UMA MULHER COM CARA DE ANJO, MAS DONA DE UM INSTINTO ABSOLUTAMENTE SELVAGEM...




A maioria das pessoas lembra de Angie Dickinson já loira e balzaquiana, correndo atrás de bandidos com um revolver na mão e exibindo seu corpo espetacular em biquínis amarelos e brancos simplesmente sensacionais na série de TV "Police Woman" em meados dos Anos 70. A série foi um sucesso estrondoso na época, pois inseria dois novos elementos no então já cansado segmento de séries policiais: uma mulher linda como protagonista que, além de gostosíssima, era tudo menos frágil. Graças ao sucesso da série, os Departamentos de Polícia das cidades americanas passaram a contratar mais mulheres para compor seus quadros de policiais. Angie foi capa da revista "Ms.", da jornalista Gloria Steinem, e apresentada como exemplo a ser seguido do que hoje chamamos de "empoderamento feminino". Mas o caso é que a carreira de Angie já vinha de 20 anos. Ainda ruiva, foi uma das mulheres mais sensuais do cinema americano nos Anos 60, em hoje clássicos do cinema como "Rio Bravo" de Howard Hawks, "Os Assassinos" de Don Siegel, "Caçada Humana" de Arthur Penn e "À Queima Roupa" de John Boorman. Seus casamentos -- sempre turbulentos -- com o jogador de futebol Gene Dickinson (1952/1960) e com o compositor, arranjador e maestro Burt Bacharach (1965/1981) não a impediram de seguir namorando quem bem entendesse, e sempre acabaram muito mal. A partir de "Vestida Para Matar" (1980), de Brian De Palma, Angie, já cinquentona, decidiu aproveitar que seu corpo ainda estava com tudo em cima e começou a fazer papéis em filmes com alta voltagem erótica. Infelizmente, escolheu mal os filmes, e isso quase detonou sua carreira. Depois de pequenas participações em filmes como "Sabrina" de Sidney Pollack e "Até As Vaqueiras Ficam Tristes" de Gus Van Sant, Angie começou a se recolher, até porque não estava envelhecendo tão bem quanto gostaria. Seu último papel marcante no cinema foi no drama "A Corrente do Bem", com Kevin Spacey. Na TV, ainda aparece de tempos em tempos fazendo participações especiais em séries. Angie Dickinson pode não ter sido uma das mulheres mais bonitas do showbiz americano em todos os tempos -- mas foi uma das mais gostosas e insinuantes, sem a menor sombra de dúvida. Mulherão. (Ju Cartwright)



































































































































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